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Artigo escrito por Mariana Machado - Lead Mentor: UX & Product Design Architect @ Lisboa
Mariana Machado
Lead Mentor
@
transformation.space
A evolução da IA, as expectativas cada vez mais altas dos utilizadores e a crescente
atenção à ética e à sustentabilidade estão a redefinir o que significa
criar boas experiências digitais. No nosso curso de UX & Product
design architect, formamos designers preparados para o futuro,
trabalhamos com metodologias atuais e práticas que aproximam os
alunos dos desafios reais do mercado.
Estas são as 10 principais diretrizes para garantir que o teu trabalho
nesta área se mantém relevante nos próximos anos.
Integra a IA para Experiências Hiper-Personalizadas
Em 2026, a IA deixará definitivamente de ser tendência para se
tornar ferramenta central no design de experiências. Dashboards e
interfaces vão adaptar-se em tempo real ao comportamento e
preferências dos utilizadores.
Como começar: Explora ferramentas de IA no processo de design e
cria protótipos que ajustam conteúdo, layouts e recomendações de
forma dinâmica.
Dá Prioridade à Acessibilidade e Inclusão
A acessibilidade já não é opcional, é obrigatória. Com normas mais
rígidas e audiências cada vez mais diversas, desenhar para todos é
essencial.
Acções práticas:
– Seguir as regras da WCAG, (web accessibility initiative) desde o
primeiro esboço.
– Garantir compatibilidade com leitores de ecrã, (softwares que
convertem o texto e as informações visuais de um computador ou
dispositivo móvel em voz ou em texto Braille).
– Implementar navegação por teclado.
– Criar modos de alto contraste.
– Fazer testes com utilizadores com diferentes necessidades.
Estas práticas ampliam o impacto de qualquer produto digital e
aumentam a satisfação geral.
Adopta Interfaces de Voz e Experiências Multimodais
Uma experiência multimodal é aquela na qual o utilizador interage
através de vários canais (voz, toque, visão, gestos) de forma
integrada e natural.
Incorpora voz no UI para criar experiências hands free. A voz será
um dos principais meios de interação em 2026. Mas a verdadeira
força virá da combinação entre voz, toque e gestos, para criar
experiências fluidas e naturais.
Dica de design: Prototipa fluxos conversacionais juntamente com o
UI visual e prepara sempre um comportamento de fallback caso a
voz falhe.
Personalização com Privacidade em Primeiro Lugar
À medida que a personalização se aprofunda, a necessidade de
proteger dados torna-se ainda mais crítica. Os utilizadores querem
clareza, controlo e transparência.
Boas práticas:
– Adotar princípios de privacy-by-design, que significa criar produtos
onde a privacidade é integrada desde o início, como a inserção de
dados mínimos, consentimento claro, controle para o utilizador e
proteção contínua. Tudo isto sem comprometer a experiência.
– Usar dados anonimizados sempre que possível.
– Criar interfaces claras de consentimento.
– Permitir opt-out simples e visível, o que significa que o utilizador
tem a opção de sair, recusar ou desativar uma funcionalidade que
recolhe e utiliza os seus dados.
A confiança será uma das moedas mais valiosas no digital.
Explora AR e VR para Experiências Imersivas
Realidade Aumentada e Realidade Virtual vão expandir o UX para lá
dos ecrãs. Desde try-ons virtuais a sobreposições informativas no
mundo real, estas tecnologias vão transformar setores como
educação, retalho e turismo.
Começa pequeno: Testa elementos AR/VR, adapta o onboarding e
avalia sempre o nível de conforto e imersão dos utilizadores.
Usa Micro-Interações para Criar Ligações Emocionais
As micro-interações, ( pequenos movimentos, animações e
feedback) continuam a evoluir como elementos que tornam a
experiência mais humana e envolvente.
Implementação:
– Utiliza-as para reforçar identidade visual.
– Ajudar na navegação.
– Reduzir fricção em tarefas críticas.
– Criar momentos de surpresa ou clareza.
Quando bem usadas, elevam totalmente o produto.
Abraça o Brutalismo para Designs Autênticos e
Marcantes
O brutalismo no design digital é uma estética crua, ousada e
anti-convencional que utiliza tipografia dominante, layouts
assimétricos e elementos “sem polimento” para criar impacto e
autenticidade.
O brutalismo digital está a regressar: crú, ousado e sem adornos. Em
2026, algumas marcas irão distinguir-se através desta estética para
transmitir autenticidade e diferenciação.
Como aplicar: Usa brutalismo de forma estratégica, em páginas de
campanha ou momentos de destaque. E equilibra sempre com
usabilidade, já que não é adequado para todos os públicos.
Implementa Paletas de Cores Adaptativas
As cores vão tornar-se cada vez mais contextuais: adaptam-se à
hora do dia, ao ambiente, ao estado de espírito ou às preferências do
utilizador.
Orientação:
– Testa a acessibilidade de todas as combinações.
– Considera sensibilidades culturais.
– Permite sempre um modo manual para utilizadores que preferem
consistência. É dar ao utilizador a opção de desactivar a paleta e
escolher ele próprio um tema fixo.
Interfaces empáticas têm maior adesão e retenção.
Cria Dashboards Claros e Orientados a Dados
Com o excesso de informação, o foco passa a ser simplificar. Os
dashboards modernos precisam de transformar dados complexos
em insights claros.
Foca-te em:
– Hierarquias visuais limpas.
– Interatividade útil.
– IA para destacar padrões.
– Insights acionáveis, especialmente para produtos empresariais.
Adopta Práticas de UX Sustentável
Sustentabilidade digital será inevitável em 2026. Design ecológico
implica melhorar performance, reduzir peso dos ficheiros e optimizar
o consumo energético.
Resultados:
– Interfaces mais rápidas.
– Custos de alojamento reduzidos.
– Estratégias alinhadas com utilizadores e marcas ambientalmente
conscientes.
Sustentabilidade é ética, mas também estratégica.
Conclusão
Preparar-te para o futuro do UX/UI Design implica combinar
inovação com responsabilidade: acessibilidade, privacidade,
sustentabilidade e clareza são pilares que não vão desaparecer.
Estas 10 dicas oferecem uma visão prática do que será essencial
em 2026.
No nosso curso de UX & Product design architect , os alunos
aprendem a aplicar estas tendências com ferramentas atuais,
projetos reais e acompanhamento especializado. Formando
designers capazes de criar experiências que resistem ao tempo.
Se queres dar o próximo passo na tua carreira e preparar-te para o
futuro do design digital, este é o momento certo para começar.

